Já se vê muitas crianças e adolescentes mascarados nas ruas. E para bem dos gostos e da diversidade à vista, andam por aí abelhas, princesas, sevilhanas, homens-aranha, os charmosos zorros, as bonecas de trapo, as bruxas e… as matrafonas (como as famosas de Torres Vedras)!
Claro que as que vi já hoje, eram rapazinhos no seus 14 e 15 anitos vestidos de raparigas com um estilo da mesma faixa etária mas… matrafonas é o que não falta nunca em todos os desfiles carnavalescos pelos país fora.
O que me leva a perguntar, porque raio tantos homens, todos os anos, se transformam em mulheres (a)berrantes, de peitos exagerados, de mini-mini-saias, roupas da cor-do-calhas ou com padrões “zebra” “tigre”, e na sua maioria, grandes loiraças, e que se oferecem e atiram ao primeiro gajo (leia-se, não mascarado) que está muito descansadinho a assistir ao desfile? Estas “mulheres” carnavalescas, apalpam-se umas às outras, têm uma linguagem obscena e, meus amigos, e a maquilhagem? O baton vermelho do mais vermelho e reluzente que compraram na loja dos chineses, e os olhos pintados de cor de rosa, ou verde, ou azul mais brilhante que encontraram no estojo de maquilhagem de discoparty da mulher, namorada ou amiga.

No final, não são travestis, não são transformistas, nem Dragqueens (nunca percebi muito bem a diferença entre os três termos, se é que há alguma), são apenas uma cambada de “malucas” que só saem à rua 3 dias por ano e depois nunca mais ninguém mete a vista em cima destas suecas (algumas ruivas e morenas) de 1.80m, que beijam todo o homem que conseguem apanhar, durante os restantes 362 dias do ano.
E daqui saem uns pensamentos engraçados:
Não, é impossível, estes gajos não nos vêm assim…
Será que é assim que gostavam que fossemos?
Mas porque é que têm que se vestir de gaja? Não podem encarnar o super herói favorito?
Depois, quando se sai à noite, vê-se uma quantidade abismal de diabinhas de fatos de cetim justinhos e caudinha abanar, de criadas de saia curtinha, de bruxas sexys e de freiras atrevidas etc. (…e eles de matrafona!)
E eu continuo a divagar - Este subconsciente, realmente é uma cena marada.
No entanto, eu nunca vi uma mulher a fazer uma impersonalização de gajo, a meter próteses de tomates e órgão de formas exageradas e a coça-los para de seguida dar a abanadela e arrumação (com exagero) e a desatar a correr atrás de tudo o quanto é gaja a oferecer-se e a dar palmadinhas... pazpazpazpazpazpaz!
Entre outras que a imaginação carnavalesca podia ditar, afinal, é Carnaval e ninguém leva a mal!
Pessoalmente, eu até gosto do Carnaval, não gosto dos cortejos demasiado abrasileirados, mas gosto da sátira e da imaginação que é o Carnaval mais Tuga, e claro, das matrafonas!
Se for o caso – Bom Carnaval!