Mas há passados que nos perseguem. Como se andassem a observar durante muito tempo para fazerem: BÚ! - quando menos esperamos.
O meu passado já me pregou algumas partidas.
Mas este passado (amoroso) a que me refiro para além de não ter terminado da melhor maneira, decidiu fazer BÚ!.
Mas como é possível que logo agora que tenho uma pessoa maravilhosa na minha vida, e ao fim deste tempo todo eu ainda estar a falar disto? É simples. Porque aconteceu uma coisa que me incomodou, que não me deixou confortável e que me deixou a pensar. Vamos aos factos.
Um simples sms a fazer uma pergunta. Um telefonema a dar uma resposta concisa e objectiva. Uma discussão pela resposta.
Um email a fazer mais perguntas. Nenhuma resposta. Uma proposta para tomar café… Até que, eis que surge esta preciosidade:
Posso já não valer nada para ti, mas passámos momentos inesquecíveis que dificilmente serão passados com outra pessoa.
Respeito a relação que tens no presente, mas não consigo esquecer-te e as aventuras que passámos. Nesse sentido gostava de ir passar um último fim-de-semana contigo.
Fico a aguardar a tua resposta.
Tive que ler isto algumas vezes para acreditar no que estava a ver. A resposta foi imediata e não foi de muitos amigos.
Perguntei como era possível que após termos tido um relacionamento de quase 2 anos não me conhecesse e me tomasse como uma aventureira capaz de fazer uma coisa dessas, tendo eu no presente outro relacionamento. Que logicamente passámos bons momentos mas que fazem parte do passado. Mas tal como existiram coisas boas, também existiram coisas más, incontornáveis, e que por isso mesmo tudo terminou. Que não preciso de uma pessoa para passar um fim-de-semana, mas sim para passar todos, passar bons e maus momentos, alegrias e tristezas e que sem estar à espera – encontrei. Que respeito muito a pessoa que tenho ao meu lado tanto como me respeita a mim e não sei como seria possível achar que aceitaria tal proposta! E finalmente, que somos dois adultos e que a maturidade que isso confere, permite que duas pessoas que já tiveram um relacionamento amoroso continuem a falar-se e até quem sabe ter uma amizade, que não o permitiria se continuasse a receber este tipo de coisas.
Fiquei ofendida. Claro que fiquei. Com um simples parágrafo conseguiu inclusive, meter em causa o tempo que nos relacionámos, o respeito pela minha integridade. Os sentimentos que já existiram. Pergunto-me o que levará alguém a dizer um absurdo tão grande, e ainda que usando a palavra “respeito” consiga desrespeitar alguém de uma forma tão abrupta e ao mesmo tempo meter em causa as memórias um passado em comum.
Uma coisa é certa. Apenas reforçou ainda mais que eu nunca, mas nunca, poderia ter continuado com uma pessoa assim.