Não é por acaso que eu brinco com as aparições e desaparições e brinco com certos temas que são sérios, eu sei, mas, como eu não sou uma pessoa demasiado séria e aborrecida, levo praticamente tudo a brincar.
Se assim não fosse, se não me risse e tantas e tantas vezes de mim e das coisas más que me acontecem, eu já me tinha atirado duma ponte abaixo (da Vasco da Gama que é mais gira).
Excepto quando me chega a mostarda ao nariz. E uma das coisas que me faz chegar a mostarda ao nariz nem é a hipocrisia no seu sentido lato, são os actos hipócritas e o apontar o dedo em demasia porque está ali e está acessível e eu até gosto de dizer mal e apontar as coisas aos outros apesar de eu ter uns telhados de vidro.
Eu gosto muito de ser amiga do meu amigo e dizer umas piadas e conversar umas merdas, mas cada um tem o direito á sua opinião e desde que não me invadam o meu espaço que não invado o de ninguém – Foda-se!
Eu dou um exemplo:
Eu conheço uma pessoa, com a qual já não convivo porque aguento hipocrisia q.b.. Essa pessoa é vegetariana. Quer dizer… ela diz que é. Quando estávamos à mesa, toda a gente respeitava o facto dessa pessoa não comer nem carne nem peixe e sempre se fazia algo diferente para comer, mas essa pessoa passava a refeição toda e criticar tudo, inclusive dizer que “vocês tão a comer cadáveres!”
Essa mesma pessoa não se queixou dos cadáveres “marisco” quando se confeccionou os mesmos.
Depois não querem que eu me passe da marmita?
Conheço outra pessoa parecida, já não é vegetariana, mas tem a mania de andar apontar o dedo a tudo e a todos por isto e aquilo e sou contra e coitadinho e não sei o quê.
Essa pessoa usa tennis da Nike. Essa pessoa usa champoo Pantene. Essa pessoa come gelados e cereais e chocolates da Nestlé.
Claro está que depois de meter os dedos nas feridas, a minha relação com essas pessoas deteriorou-se. Porque eu tenho de deixar que façam e digam e fica tudo bem e até compreender que é o feitio e coiso, prontus, a causa até é nobre e tal… mas não posso apontar hipocrisias que já melindra a fere as susceptibilidades. Coitados!
Eu até já cheguei a pensar… epá esquece lá isso, caga lá nessas merdas, não ligues, deixa… Só que é mais forte que eu.
Eu sou assim. Gosto de falar, gosto de conversar, gosto de ver boas iniciativas e boas vontades. Mas tudo não é um negócio?! Quem lá anda não ganha nada?
Não dou um tusto para porcaria nenhuma. Quando tenho de fazer algo bom, faço. Ninguém sabe a quantidade de animais abandonados que eu já levei para casa e das refeições que já confeccionei para dar a quem não tem, porque eu não ando aí a vangloriar-me dessas merdas. Faço e pronto.
Só não sou madre Teresa. Sou assim. Tenho de bom e tenho de mau. Tenho defeitos e tenho feitio. Tenho bom génio e tenho mau génio. Mas sou assim, sem espinhas. Quem quer quer, quem não quer aguenta-se.
(E aqui tem sempre uma cruzinha que fecha a página.)
Desejo a todos vós um excelente fim-de-semana. Fiquem bem. Eu não sei quando volto pois vou de fim-de-semana e depois vou tirar uns dias de férias por causa das festas tauromáquicas.
Não levem a vida demasiado a sério e Live and let live!
Beijocas! Adeus e até ao meu (algo longo) regresso!