Virtuais porque são causadas por pessoas virtuais com diários virtuais, logo são emoções virtuais. Ou isso...
As primeiras, logo pela manhã foram rapidamente apagadas, logo não vale a pena falar delas porque já se esfumaram da mesma forma que foi feito o”delet” com o rato.
Mas é bem feito para mim.
As outras emoções vieram com o blog negro de “Silêncios” de uma amiga virtual que leio há muito tempo, quase há tanto tempo quanto eu ando na blogoesfera.
É engraçado como há pessoas que até neste mundo mudam e outras que permanecem exactamente na mesma. O nome pode mudar, a essência é que não.
Não gosto de blogs negros. Faço um esforço tremendo para os ler, que vai muito além do esforço visual da troca normal de cores, mas este é diferente. Leio e não fico com aquela sensação de escuridão com que saio dos outros.
No teu blog há sempre uma luz. Talvez essa esperança que tu dizes que mói e que dói mas que se procurares vês que é positiva. Se calhar só tens de a direccionar para outro caminho.
No amor há sempre um que ama e outro que se deixa amar – alternadamente.
Quando se beija o corpo do amado, ama-se. Quando se é beijado, deixa-se amar.
Quando se diz “amo-te” não pode ser com o objectivo de ouvir “eu também”, mas sim do sorriso de felicidade porque se está a amar. No momento certo ouvir-se-á “amo-te” e em troca dar-se-á um sorriso de felicidade.
Sabes… acho que tens razão. Mas vou mais longe.
Acho que tudo o que damos aos outros na vida, mesmo em forma de textos escritos no nada, formam um puzzle com imagens de nós. Umas do que somos, outras do que apenas projectamos do que querem que sejamos, por isso talvez não encaixem, porque se juntarmos os bocados de tudo o que damos que somos, o puzzle será de uma imagem fiel.
Mas tudo isso só poderá significar uma única coisa. Que para sermos amados verdadeiramente temos que ser como os poetas que expõem a obra completa e há alguém que a leva toda para casa.
Um abraço apertado para ti.